terça-feira, 10 de abril de 2012

500 Millas del Norte 2012



Domingo passado chegou ao fim a 44ª edição das 500 Millas del Norte.

A APC, novamente, se fez presente nesta prova clássica do país hermano.

Numa próxima ocasião posto sobre a etapa do gaúcho, que ocorreu no sábado e domingo que antecederam as 500 Millas, que também corremos.

Diferentemente do ano passado, em que fomos em cinco ciclistas da APC, esse ano fomos em 3, mais outros 3 ciclistas, a saber: Sr. Márcio Lopes (Nobre Bicicletas), Maurício Knapp Knapp Knapp Knapp Knapp e Joel Prado, o Juninho Play, ou Paulista, como queira (ambos da equipe de São Caetano/SP).

Já no primeiro dia, após quase 5hras de viagem (1.0 + reboque + bikes em riba + 4 caras = velocidades mil), aconteceu a primeira etapa. Dito estágio era o mais curto dos 7 que ainda estavam por vir, contando somente com 45km, a serem percorridos num circuito sem vergonha na cidade de Rivera. A etapa não teve grandes acontecimentos, terminando em um sprint massivo, vencido por um argentino, levado à meta por sua equipe, que botou na cabeça do pelotão nas últimas duas voltas e não deu chance a mais ninguém.

O segundo dia era de estrada, saindo de Rivera pela estrada 5 rumo ao sul, 57,5km abajo e 57,5km arriba. Ao contrário do que se imagina, o ganho de elevação da etapa não é fichinha, tanto que se aproxima de uma ida e volta a Canguçu.



A etapa começou de baixo de chuva, o que não impediu com que os inúmeros ataques de praxe ocorressem. logo nos primeiro kms. Nenhuma das fuguetas vingou até os últimos kms, quando um brasileiro conhecido de todos, Soelito Gohr, deu um pataço e ganhou.

Quarta-feira, terceira etapa, circuito em Rivera, desta vez, de 105km. Neste dia, infelizmente, Knapp quebrou um raio da roda traseira e teve que trocá-la, com o que perdeu contato com o pelotão e, mesmo perseguindo-o por 80km, não conseguiu evitar uma perda significativa de tempo. Vitória para outro argentino, Diego Simiane.

Ah, neste dia ainda ocorreu uma etapa de UFC, à noite, no refeitório em que comíamos. Duas equipes argentinas, em razão de um "acidente" ocorrido na etapa daquela manhã, resolveram trocar afagos na hora da janta. Fora alguns olhos roxos, beiços recortados e conduções dos hermanos à DP, nada aconteceu.

Já na quinta-feira, a etapa passaria pelo mal falado Repecho del Pena, cujo vídeo respectivo está no post anterior.

A largada estava prevista para as 9hras na cidadezinha de Tranqueras, que devia ter umas 4 ou 5 quadras., o que não impediu que os batedores se perdessem nela, muahaha.

Tivemos que acordar as 5 da matina em Rivera, para carregar os carros e reboque e nos deslocar até a dita cuja, de baixo de MUITA chuva. Largamos de baixo d'água praticamente. Todo mundo agasalhado, colete, capa, manguito, luva. Perda de tempo, o striptease começou antes mesmo do famigerado repecho.



Tudo corria normal ali, subindo de boa com o pelotão, quando, assim no mais, surge uma placa, que nem aquelas ali da estrada de canguçu, de um carrinho subindo um aclive, com um pequeno diferencial: o percentual "19%" também estava gravado na placa. 

Véi, na boa, a frente da bicicleta saiu do chão por duas vezes. Coisa linda. Pessoal postado ao lado da estrada gritando e batendo palma enquanto as galinhas catavam milho do asfalto...

Neste dia, Knapp Knapp Knapp Knapp Knapp escapou com uns 500m pra chegada e ganhou, para alegria da nação.

Sexta-feira, 5ª etapa, dia de circuito em Artigas. Sem grandes acontecimentos, a vitória ficou com outro argentino, Franco martins.



No sábado, haveria CR pela manhã e estrada à tarde. O CR foi vencido por Diego Simiane, o dono da cobiçada Malla Quadros, que a manteria em sua posse até o fim das 500 Millas.

A tarde na estrada foi de muita pauleira, culminando em nova vitória de Knapp Knapp Knapp Knapp!

Domingo era dia de novo circuito em Artigas, que terminou com vitória de outro brasileiro, representante de Brusque e companheiro de alojamento, Natan Cavalca.

Felipe tá la naquela fuga no fim da subidinha..

O Joel, que foi conosco, levou pra casa a malla amarilla de sprinter!

Resultados completos aqui.

Meu, a importância dada ao ciclismo no Uruguai é imensa. Transmissão ao vivo via rádio, programa de TV de DUAS HORAS toda a noite, com imagens da etapa e entrevista com ganhadores de metas volantes, etapa e mucho mas.

No Brasil, temos que nos contentar com aquelas reportagens de 1 ou 2 minutos, que contam com jargões maravilhosos como "muita velocidade" ou, "tem que ter muita resistência e força nos pedassiiis", ahhh se fufu.

Ademais, no UY, as pessoas te veem de perna depilada ou camisa que remeta a ciclismo e te abordam, perguntam da etapa, de onde tu é, e mais, sabem quem ganhou cada maldita meta volante! É outro mundo, outra mentalidade, outra abordagem, outro tudo.

No mais era isso, a aula de processo de trabalho já se foi, não posso deixar que a de tributário se vai assim no mais também.

Abrazos


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